segunda-feira, setembro 29, 2008

Febre de primavera

Não sei, é que de repente a gente fez uma dança de saudação da primavera na aula, e teve aquela breja mais que bem vinda com a amiga recentemente encontrada e ainda mais bem vinda na sexta e um final de semana delicioso em Santa Maria, confraternizando com muitos amigos e um sol maravilhoso.
Aí hoje é segunda e eu estou trabalhando, claro. Mas tem um sol brilhandão lá fora e eu estou com vontade de sair dançando e cantando por entre as árvores da Redenção, em vez de.
Oh, vida! ^_^

segunda-feira, setembro 22, 2008

Mais de Akiko

Só para contar que ela já tirou aquele cone torturante da cabecinha. E que o corte cicatrizou muito bem , graças a Deus. E que os pelinhos já estão crescendinho, o que era branco já está cinza e logo ficará pretinho de novo.
E que ela já está sapeca, endiabrada, aprontando todas no apartamento. Ainda bem.
E que hoje ela me acordou às quatro da manhã ronronando no meu peito. E eu fiquei feliz de acordar. E, se isso não for amor, não sei mais o que é.

terça-feira, setembro 16, 2008

Me digam se não ficou uma coisa linda de morrer

Douglas Felis, Karina Iman nos snujs e Zahira Razi interpretando

quinta-feira, setembro 11, 2008

Ninguém lê blogs em dias de chuva

Mas eu escrevo, claro. E como chove! Entretanto, aqui me sinto mais quentinha. É, aqui no blog. Virou minha casa de novo. O lugar onde escrevo à vontade.
Akiko já está melhor, mas ainda faltam seis longos dias para tirar aquela porra daquele cone da cabeça dela. Tudo bem, menos mal.
Meu professor de técnica vocal ficou doente essa semana e sinto quase fisicamente a falta do canto. Cara, betaendorfina vicia mesmo!
As aulas de dança estão cada vez melhores. Queria mais tempo e espaço para estudar, só isso! Mas está muito melhor do que antes, quando não fazia aulas, isso sem dúvida. As aulas de derbake estão ajudando bastante com os ritmos, sem dúvida.
Por falar nelas, que coisa fantástica! Minha cabeça se enrola ainda com a contagem dos tempo, mas eu chego lá. O fato é que estou muito apaixonada pela coisa. Fico batendo em mesas, bancos de ônibus, no próprio braço na fila do banco. Doida, completamente doida.

A confusão, entretanto, continua.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Café e tâmaras

Lanchinho de diabética. É bom - as tâmaras substituem bem os bombons de outros tempos. Café sem açúcar, claro.
Chuvinha. Tudo parece bem.
Tudo está bem.
Tudo está bem?
Então porque essa sensação de tempestade desabando no meio do céu a qualquer minuto - com todos os guarda-chuvas excelentes que você comprou nos últimos tempos, ainda dá medo.
E acho que o medo é de mim mesma.

sábado, setembro 06, 2008

Castração

Hoje Akiko voltou da clínica, depois de três dias de isolamento, sedação e dor. Segundo a veterinária de lá, ela ficou furiosa com todo o procedimento. "Ela não é nada mansa." Mentira, ela é mansa, sim. Fiquei com vontade de perguntar para a moça como ela reagiria se arrancassem ela de casa, depilassem metade dela, sedassem, abrissem, tirassem dela orgãos de vital importância sem que sequer ela soubesse o porquê e ainda a mantivessem com dor e dentro duma névoa de remédios, por dois dias inteiros, longe do ambiente e das pessoas que ela ama. Será que ela ia ficar bem relaxada? Que puxa. Ah, sim, e com um cone de plástico na cabeça, tirando todo o senso de orientação e visão periférica.
Eu sei, não precisam me dizer. Sei os perigos que uma gata não castrada corre, sei da trabalheira, sei de tudo. Mas ainda acho o processo todo muito truculento.
E cada vez que eu vejo aquela barriguinha, antes bem peludinha de bebê, depilada e cheia de pontos, dói um bocado em mim.

sexta-feira, setembro 05, 2008

Meus dias de São Bernardo*

Estou num período um bocado dedicado às artes. Não sei se comentei, mas além de aulas de dança e de derbake, estou tendo aulas de técnica vocal. E pessoas, é uma delícia.
O professor é um dos melhores que já existiu: Pedro S*pohr, um dos regentes do coral da PUC de cá. Além de ser profundamente competente no que faz, ele é uma pessoa doce, deliciosa, adorável e sem arestas, que valia a pena estar lá só para conviver com ele.
Descobri que sou soprano, e um bocado soprano. Com isso não quero dizer que minha voz é maravilhosa e tenho um super domínio dela (quem me dera, domínio é tudo que me falta), mas que a minha "zona de conforto" para cantar fica lá nas alturas agudas, em notas que eu nem sabia que seria capaz de emitir.
E isso é muito mágico. É difícil, não pensem que é fácil. Exige um monte de postura e uma intensa concentração em partes jamais antes exploradas do nosso corpinho para se obter um resultado mínimo. (Aliás, nisso é bem parecido com dançar.) Mas é uma das coisas mais prazerosas que eu já fiz na vida.
A gente sai de uma aula dessas com a alegria boboca que normalmente nos dá uma noite de amor que durou umas seis horas consecutivas.
Jamais pensei que viria a gostar de canto lírico. Pra onde nos leva a vida, né?

* Esse post tem esse nome baseado na teoria de meu professor sobre a respiração fox terrier (curta, que faz subir a laringe e tranca a garganta) e a respiração são bernardo (profunda, que abre a garganta e tudo o mais, facilitando a emissão do som). Só um dos duzentos itens em que a gente tem que se concentrar. ^_^

quinta-feira, setembro 04, 2008

Curso de boas maneiras por correspondência

(Fila do Banrisul, agência Bom Fim, uma das maiores da cidade.)

Toc-toc no ombro.
- Tu não precisa pegar esta fila, vai lá na fila das gestantes.
- Meu senhor, eu não estou grávida, só sou gorda mesmo. (Sorriso. Porque sorrir é preciso.)
Toc-toc.
- Mas vai lá, se tu não disser nada, ninguém vai perceber.
- Agradeço sua extrema gentileza, mas dispenso. (Sorriso. Bem mais forçado que da primeira vez.)

terça-feira, setembro 02, 2008

O velho demônio ressurge das cinzas

Demônio Dum, ou simplesmente Dum, é o nome do meu derbake. Ele já foi herdado (roubado?) com esse nome. E agora ele voltou à ativa e passeia pelas ruas de Porto Alegre.
Sim, isso mesmo que vocês estão pensando. Comecei a fazer aulas com o Tuerlinckx. E é uma das melhores coisas que fiz por mim nos últimos tempos. Difícil bagarai. Mas muito bom.
Claro que até outro dia eu não tinha parceira para dividir o custo das aulas (não que ele seja careiro, eu que ganho mal mesmo:P), muito menos local. Mas aí apareceu um anjo chamado Karine que abriu seu fofo apartamento no Gasômetro e sua generosidade - e aí, plim, mágica! A única pena é que vai me comer uma hora e meia de dança por semana - mas tem certas oportunidades que não dá para perder. Se for para ser, vou arrumar solução para isso também.
Prevejo dias muito ativos para o Dum. E para nós. Beleza. ^_^

(PS. O anjo é tão anjo que me trouxe do Egito um lenço de moedas escarlate lindo e o vestido baladi perfeito - até roxo é! E me deu! De graçamente. Pode?)