domingo, abril 25, 2010

Se tem uma fonte que não se esgota, é a amizade

Tava naquele bode com a facul, né? Cansaço, o caralho.
Mas aí, vejam vocês, depois da aula de quinta-feira, em que tive a sensação em que meu cérebro tinha sido extirpado com um saca-rolhas e atirado bem longe, surgiu a oportunidade de sorver um suquinho de cevada com duas das pessoas mais malucas e que mais admiro naquela turma.
A. é uma psiciana de personalidade raríssima. Está na minha faixa de idade - que nos dá um pouquinho mais de jogo de cintura dentro da selva acadêmica - embora pareça fisicamente muito mais nova. Sem nem uma papinha na língua, parceira, sempre disposta para a diversão. Inteligência brilhante e desempenho acima da média. Sem medo da própria fragilidade e sem necessidade de máscaras. Impossível a gente não orbitar em torno dela.
C. é mais ou menos uma figura de sonho. Virginiana, profunda, reservada. Estuda poesia e fala três idiomas. Alta, atlética, uma notável cabeleira louro avermelhada. Linda. Olhando de fora, parece um poço de placidez e segurança - como se a gente não conhecesse virginianos. Ainda mais quando eles estão com um "projeto secreto". E, claro, é um cadim mais nova que a gente, tem só 26. E ainda não percebeu a própria preciosidade. Se eu não dividisse com ela um passado psíquico semelhante, teria muita dificuldade em entender como isso pode ser assim. Mas eu realmente acredito que com minha influência e a da A., as idéias da moça se revolucionem um pouco e ela consiga olhar de óculos para os espelhos (o de dentro e o de fora).
Enfim, para minha completa surpresa, só não falamos de literatura. Foi a primeira vez, naquele ambiente, que tirei a máscara para respirar. Foi delicioso.
Marcamos umas gandaias para a semana que vem. O curso já começou a ficar bem mais interessante. Acho que até me curei da fobia de rodoviária.

O que eu mais gosto nesse negócio de ser Gêmeos em Gêmeos é que tudo e qualquer coisa pode ser mudado drasticamente, para melhor ou para pior, sem aviso prévio. Amo.

quinta-feira, abril 22, 2010

Noite a noite de uma mestranda à deriva

Final do segundo mês de oito. E eu jä não consigo nem olhar para a rodoviária sem começar a ficar de mau humor. Merde.

Não é que não goste do curso. Adoro. Amo cada minuto. O que eu detesto é viajar de ônibus toda semana. Ficar trancada numa caixa escura andando por uma estrada infinita onde tudo que se vê é pista, mato e escuridão.

O netbook que marido me deu está sendo mais util na manutenção da minha saúde mental (sim, estou escrevendo no ônibus) que para a realização de trabalhos, como inicialmente planejado. O problema é a bateria dura duas horas menos que a viagem. Agora na madrugada tudo bem, porque eu durmo. Mas a volta é um porre. Quero chegar logo em Porto Alegre e a estrada se arrasta...

Estou indo para as aulas tendo esquecido o principal livro da semana: O Olho Mais Azul, de Toni Morrison. O livro é excelente, uma paulada na nuca no meio do escuro, sem a menor possibilidade de defesa. Recomendo muito.

terça-feira, abril 20, 2010

segunda-feira, abril 19, 2010

SOCORRO!!!!

Porque eu só quero lhe dizer... que a coisa aqui tá preta!!!

(Deu pra entender ou quer que eu desenhe?)

sábado, abril 17, 2010

Descobrindo...

... uma coisa nova a cada dia. Ou bem mais de uma.
Um autor, uma possibilidade de pesquisa, uma amizade, uma falsidade, uma liberdade. A possibilidade de dizer não e fazer o que eu estou com vontade de. Que uma perspectiva ótima pode dar numa merde. E que pode surgir algo interessante do nada.
Que dinheiro é uma coisa que acaba rápido, mas vem quando não se espera. Que amor tem vários nomes e várias faces. E dor também.
Uma música nova, um passo novo, um insulto novo, uma dificuldade velha.
Enfim, não importa. O que importa é que a vida está em movimento e isso é tudo que eu preciso para estar feliz.