domingo, março 13, 2011

MIGRAÇÃO

Gente, cansei. O sistema do Blogger tá muito ruim demais. Tudo trava, as opções de template não são tão legais, as estatísticas são ruins de ler.
Estou mudando pro Wordpress. Deixo todos os arquivos aqui, mantenho o perfil e sigo os blogs dos amigos, mas agora o endereço oficial é:

http://bipolarcentrada.wordpress.com

Encontro vocês lá.

sábado, março 12, 2011

O mais lindo por-do-sol do mundo na minha janela em Novo Hamburgo

E eu fui fazer uma aula de dança cigana apesar da contratura eterna. Porque, né?
Não se pode entregar todo o ouro para as contraturas.
Fui, dancei. Cigana russa, dificil pra porra, mas legal. Ok.
Aí, consegui me machucar mais, alongando. Consegui uma contratura novinha em folha, abaixo da costela.

O por do sol mais lindo do mundo. E você está perdendo.

Penso até que ponto essas contraturas não são todas as coisas que me obrigam a engolir todos os dias.
Talvez a Sayo tenha razão e eu só precise de reforço muscular. O melhor fisioterapeuta do mundo é meu amigo. Mas está no mundo material e não tenho dinheiros. Minhas costas seguirão doendo.

Terça, com ou sem dor, começo o taichi. Enrolando há séculos. Talvez meu corpo (ou minha alma) só precise de um pouco de disciplina. Disciplina, ordem, método, organização, diria um dos meus melhores amigos. Talvez.

Muitas coisas atrasadas com o mestrado que quase perco. Mas deve dar tudo certo. Quase sempre dá.

Quebrada



Assim me sinto. Por fora.
E por dentro também.

quinta-feira, março 10, 2011

Ayubi & Dandash

Não adianta. Nasci pra ser mãe. Estava adiando minha nova maternidade felina (quando me divorciei, minhas filhas peludas, Akiko e Ayala, ficaram com o pai)por causa da falta de tela no apartamento alto, pra minha mãe se adaptar, por isso e por aquilo.

Mas o ontem o Luis Garcia, marido da Sayonara, da Casa Z, me trouxe um argumentinho cinza irrefutável... Ia ficar com ela e com a irmã, que morreu. Aí eles me contaram que tinha mais um machinho pra ser adotado. E logo um frajolinha - sou louca por frajolas. Capitulei.

Ficaram Ayubi e Dandash. ^^

Olhem pra eles. Vê se é possível resistir...




terça-feira, março 08, 2011

sexta-feira, março 04, 2011

Coisas que não se pode lutar contra / Coisas que não pode viver sem




Não se pode lutar contra o fato de se estar afastada de um de seus amigos mais íntimos num momento em que você precisa muito de amigos.
Não se pode lutar quando se reconhece uma pessoa no meio de tantas outras e se forma um vínculo intenso com ela - completamente dissociado da paixão romântica e suas armadilhas.
Também não se pode lutar quando esse vínculo se desfaz (tão cedo!) porque é hora e porque sim. Mesmo que isso te traga lembranças muito remotas e te encha de uma dor insustentável de luto que ninguém pode explicar.
Não se pode lutar contra o fato de que, da mesma maneira com que se reconhece afetos, alguns desafetos te reconhecem e agem de artimanhas e má fé contra você. Gastando uma energia inacreditável, jurando que, sim, dessa vez te derrubam com a cara no chão. Você, que não se lembra de ter feito nada, absolutamente, contra elas. Mas fez, fez sim, em algum momento perdido tempo.

Não se pode viver sem ter no centro o que realmente está no Centro.
Não se pode viver sem a proteção de pessoas que já não tem corpo físico para te abraçar, mas que continuam te amando e velando por você, de onde quer estejam.
Não se pode viver sem gente do bem que te cura, te dá palavras de incentivo, te orienta quando você caminha pelos penhascos de estreitas bordas da tormenta e da dúvida.
Não se pode viver sem gente honesta e de vibração elevada, que compra uma briga em seu nome sem ganhar absolutamente nada com isso. Talvez retribuindo alguma lealdade muito distante no tempo.
Não se pode viver sem o afeto que se mantém, mesmo quando as circunstâncias separam pessoas que realmente se estimam.

Nas últimas semanas, eu atravessei mais batalhas do que já se viu em guerras inteiras. Cicatrizes são inevitáveis. Mas cá estou eu.

Para algumas pessoas, reencarnação é uma superstição. Para outras, um conceito. Para uns, é uma crença. Para mim, são as leis que regem os acontecimentos da minha vida cotidiana. Por uma vida inteira.

quinta-feira, março 03, 2011

Sobre as coisas que eu poderia dizer



Existem muitas coisas a serem ditas. Muitas coisas a serem postadas. E muita gente para quem eu gostaria de falar.
Mas a internet não é um lugar de exposição de idéias. A internet é uma praça de guerra onde gente desocupada se diverte em julgar a vida alheia.
Por isso tanto silêncio e trechos alheios por aqui.

Talvez ainda tenhamos dias de palavras mais livres. Ou não.

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Para a feiticeira da Cadeira de Prata

"– Uma palavrinha, dona – disse ele, mancando de dor –, uma palavrinha: tudo o que disse é verdade. Sou um sujeito que gosta logo de saber tudo para enfrentar o pior com a melhor cara possível. Não vou negar nada do que a senhora disse. Mas mesmo assim uma coisa ainda não foi falada. Vamos supor que nós sonhamos, ou inventamos, aquilo tudo – árvores, relva, sol, lua, estrelas e até Aslam. Vamos supor que sonhamos: ora, nesse caso, as coisas inventadas parecem um bocado mais importantes do que as coisas reais.
Vamos supor então que esta fossa, este seu reino, seja o único mundo existente. Pois, para mim, o seu mundo não basta. E vale muito pouco. E o que estou dizendo é engraçado, se a gente pensar bem.
Somos apenas uns bebezinhos brincando, se é que a senhora tem razão, dona. Mas quatro crianças brincando podem construir um mundo de brinquedo que dá de dez a zero no seu mundo real. Por isso é que prefiro o mundo de brinquedo.
Estou do lado de Aslam, mesmo que não haja Aslam. Quero viver como um narniano, mesmo que Nárnia não exista. Assim, agradecendo sensibilizado a sua ceia, se estes dois cavalheiros e a jovem dama estão prontos, estamos de saída para os caminhos da escuridão, onde passaremos nossas vidas procurando o Mundo de Cima. Não que as nossas vidas devam ser muito longas, certo; mas o prejuízo é pequeno se o mundo existente é um lugar tão chato como a senhora diz."

(C.S.Lewis – Crônicas de Nárnia – Vol. VI - A Cadeira de Prata - p. 219-220)