terça-feira, abril 29, 2008

A chegada de Akiko

A aterrissagem de uma pequena princesa em minha casa está mudando gentilmente minha vida. Ou, se preferirem uma linguagem mais chã, adotei uma gatinha e estou adorando.
Adotei mesmo, que acho absurdo comprar bicho. Ela tinha sido abandonada e estava bem judiadinha quando um veterinário gente boa a acolheu. Aí a mãe da minha amiga adotou, mas o gato que ela já tem, um bichinho de raça beeeeeeeem mimado rejeitou total a filhote. Então ela foi para a casa da minha grande amiga P. Mas P. não está num momento bichinho - embora ela adore muito, muito. (Eu entendo, porque estava assim até agora pouco.) Eu estou, total. Aí, ganhei Akiko, depois da P. cuidar dela com todo carinho por uma semana e engordar ela um bocadinho.
De lambuja, ganhei todo o enxoval-gatinho que a mãe da P. fez questão de dar: sacos de areia sanitária, muitos sacos de ração, brinquedos, mantinha de dormir, potinhos de alimentação, sementes para graminha digestiva, vacinas e castração quando ela fizer seis meses..
Ela é uma mestiça de pêlo preto ruço – mas muito macio - , com traços que entregam algum sangue siamês nas veias. Tem olhos verdes enormes que são quase toda a carinha e ronrona mais alto que muito motor de geladeira velha. Com ela shimmie não tem mistério.
O Esposo era o mais receoso quanto à idéia de adotar um animalzinho, porque nosso ovo, digo, apertamento, é deveras minúsculo. Mas já está completamente enfeitiçado. Ela é cheia dos charmes e, segundo ele, usou de todo seu poder de sedução para mantê-lo em casa, quando percebeu que ele estava se vestindo para sair.
E ainda mais: a gata tem o mesmo pendor letrístico dos donos: entre tantos lugares da casa, ela foi escolher a estante de livros para dormir...
Aguardem para breve fotos, muitas fotos...

terça-feira, abril 15, 2008

Muito trabalho e acontecimentos

Ando sumida daqui, né, meu povo? Mas ninguém acessa isso aqui com periodicidade mesmo, convenhamos.
Acontece que estou trabalhando muito. Parece brincadeira, mas não é. Achava que a bipolaridade era minha única doença, mas o que! Dou importância demais ao trabalho, me envolvo emocionalmente com ele, perco a noção do que realmente é urgência e prioridade. Estou trabalhando isso, claro. Tenho uma excelente terapeuta e o melhor psiquiatra do mundo. Tudo vai dar certo, sempre.

Léo e Lory, dois amigos queridos lá da distante e linda Salvador, se casam hoje. Apesar da distância, de nunca nos termos tocado e ouvido os respectivos sotaques, amo aqueles dois. Dessa louca maneira virtual que a gente vive, vi a amizade deles se tornar namoro, se tornar amor, se tornar um. Eu bem sei que casamento é lindo, mas é difícil, é cousa complicada. Mas nada, nada me impede de desejar o melhor de toda essa complicação para aqueles dois.

O avô de P., a grande amiga da vida real, faleceu. E os homens de branco nem sabem o porquê. Ele se foi bem no meio de um exame que talvez esclarecesse alguma coisa... A verdade é os homens de branco nunca sabem nada. Fora meu psiquiatra, mas ele não usa branco. Enfim, não importa.
É uma pessoa que vai fazer muita falta. Não só porque era um avô e a gente deve gostar dos avós. Mas porque ele era uma pessoa muito especial. Mais soube dele do que convivi, mas as poucas horas em que conversei com ele - na formatura da P. - foram suficientes para constatar o quanto ele era uma pessoa doce e carinhosa. Sei também que era muito generoso e culto - não é muito comum entre ex-oficiais da polícia civil lerem Thomas Mann e Nietzsche (Sem preconceito, eu os tenho na família, mas é a real. Não é muito comum para a média dos brasileiros, na verdade. Nem eu que sou mestranda li Nietzsche.)
Minha amiga está com uma grande ferida no peito que eu conheço bem, porque já perdi um pai.
E por isso também sei que o tempo - só ele - ajuda.

Reencontrei, nessa net louca, minha amiga Patrícia Nakamura, provinda de uma longínqua encarnação, em que eu era jornalista de redação (interessantes tempos... bons seria demais). A moça ficou jornalista e tem histórias mais divertidas para contar do que eu . Aproveitem o link aí do lado e se divirtam. Bem vinda às minhas lonjuras bloguísticas, Naka!

quarta-feira, abril 09, 2008

Neste dia tão especial, cante Smiths comigo!

I've come to wish you an unhappy birthday
I've come to wish you an unhappy birthday'
Cause you're evil
And you lie
And if you should die
I may feel slightly sad
(But I won't cry)