terça-feira, junho 29, 2010

Sobre a festa de aniversário mais bacana da história

aqui.

Porque eu não queria escrever dois posts sobre o mesmo assunto.
Porque eu não consigo inserir vídeos nessa bagaça do meu computador.
E porque minhas amigas são as melhores.

sábado, junho 12, 2010

Felinidade


Uma gata na cadeira, pelugem preta com olhar lânguido, de onde corre o fio suave de um amor espesso como mel. A gata me olha e eu me olho por dentro, a gata me ama e amando a gata eu me amo, seu outro tempo me transporta para eu desacelerar. Gato é espelho ativo e não virtual. O didentro do gato é uma enzima espiritual com intenção.

Mas além de olhar, o felino pode atuar como os bebês e tocar diretamente. Dormir nas tuas costas e ligar o "vibrar". Uma bolinha de pêlos ronronando na tua pele é mais eficiente que uma banheira de hidromassagem para dissipar tensões emocionais e acadêmicas.
Uma gata-menina te olha, te cutuca, mia fininho, te chama a atenção para um outro mundo. Pula, rola, puxa com a patinha, exige teu carinho. E te leva. Caroll se enganou: são os gatos, e não os coelhos, a chave para o País das Maravilhas. Cortázar já sabia. Murakami também.
Aí te deixa umas cicatrizes, que te levam de voltam ao mundo dos humanos e te lembram: a vida não é inofensiva, mas é muito boa.

Gatos te namoram como voluptuosas damas, te brincam como crianças e gatos podem ser magos. Eles te olham/ desvendam/ escaneiam. E se tu passares no teste, talvez eles te adotem. Um gato te ajuda, mas não quando tu queres- só no exato momento/ lugar/ modo que precisas. Eles são muito ocupados transformando energias, protegendo lugares e brincando para transmutarem tudo isso para ficarem satisfazendo teu capricho humano de atenção. Um gato não tem tempo a perder.
Parece que bailarinas gostam de gatos. Mentira. Bailarinas tomam aulas com eles. Gatos são estéticos, objetos de arte em movimento, são a essência de nossa arte. A mais exímia dançarina mal chega aos pés da leveza e da graça que um gato gordo, velho e caolho consegue ter ao beber água...
O povo comenta que todas as feiticeiras têm gatos e então se sabe que eles não entendem nada. Ninguém tem um gato. O bichano te adota ou não, ponto pacífico. E se tu fores mal intencionado, talvez tenhas a sorte de ser ignorado por eles - porque eu tenho pena de quem eles atacam.
Mas como eu dizia, feiticeiros não tem gatos. Na verdade, os gatos são os mecenas energéticos de qualquer bruxo. Energia que cura, que permite a eles atuar no mundo, que os bota em pé de novo. Não se iludam com a aparência de sono preguiçoso.

Por isso, como aprendi a feminilidade um dia, hoje sou aprendiz de felinidade. E essa é minha homenagem aos meus pequenos mestres.

segunda-feira, junho 07, 2010

Rápidas observações sobre astrologia e migo mesma

Entonces, comecei a pegar os mapas de uns amigos para fazer. Não tô numa de tirar uns trocos não, tenho consciência da minha condição de astróloga de meia-pataca. Faço só para eles pegarem o gosto e depois procurarem um astrólogo de verdade. Porque é uma delícia e relaxa. E porque é um meio muito legal de se conhecer.

O mais divertido é que marido entra na brincadeira, ele sabe mais do que eu (sobre o que raios nesse mundo ele não sabe mais do que eu?) e tem as bibliografias, fica me ajudando. Agora cismamos de fazer os mapas da família dele, a mãe mais os seis irmãos. Vai dar uma trabalheira insana, mas vai ser divertido. Fiz o da minha mãe ontem e fiquei de espinha gelada. Enfim.

Falando em auto-conhecimento, tô levando esse negócio a sério barbaridade, exatamente como minha primeira astróloga (saudosa Wanda, feliz esteja na dimensão que estiver!) disse que eu deveria fazer se quisesse que minha vida seguisse o rumo certo de alguma maneira. Sol na casa 1, quase todos os planetas nos dois primeiros quadrantes (do inconsciente). Essas coisas. Está sendo muito legal, pena que é impossível se aprofundar nesses lances num blog público.

Para terminar, hoje foi aniversário da amada Daiane Ribeiro e eu fui. Fui e dancei. Nenhuma das alunas quis dançar, mas eu ganhei uma cara de pau a toda prova e fui lá e dancei num restaurante cheio de gente que não era convidada e dane-se. Não, não tinha ensaiado, nem preparado. Nem mesmo estudado - não estudo música árabe há tempos. A música era do CD da Daiane, uma ghawazee com rababa que eu conhecia vagamente. Figurino - galabia e botas, roupa que eu uso pra sair normalmente. Cobertinha da cabeça aos pés. ^^ Minha única preparação foi passar o batom de novo e amarrar um lenço no quadril. Só.
Quer saber? Foi ótimo.
Se eu dancei bem? Não faço idéia, não vi o vídeo. Mas eu senti prazer dançando. Eu não estava envergonhada. Eu não me auto-critiquei. Eu não tive a sensação de estar fazendo o mesmo movimento por séculos. Eu não me acelerei. Eu simplesmente dancei porque sou livre para isso. E me sinto cada vez mais confortável dentro da minha pele. E devo repetir muitas vezes.
Feedback? Bom a profe não disse nem uma palavra, então não deve ter sido nenhum prodígio técnico. As amigas elogiaram, o que é relativamente normal. A dona libanesa do restaurante também elogiou, perguntou se eu era professora e tals. Claro que pode ser papo para conquistar simpatia de cliente, né? Eles são cultural e secularmente muito bons nisso. Ela disse que eu dançava como uma egípicia. E eu fiquei me perguntando se, vindo de uma libanesa, isso era realmente um elogio...rsrs
Quando e se vier o vídeo, eu posto no wordpress. Seja qual for o resultado, para mim foi um avanço.
E boa noite porque amanhã eu tenho um milhão de coisas pra fazer!

sexta-feira, junho 04, 2010

Todos cantam sua terra

Era o título de um dos "Poemas no Ônibus" no veículo me trouxe de volta da livraria Cultura, hoje à tarde.

Imediatamente me veio à cabeça: "Menos os ciganos, que preferem cantar sua liberdade!"

Como é fácil a gente se afeiçoar a uma cultura não imperialista e sem laços, né?

quinta-feira, junho 03, 2010

Um mundo rigoroso

Sim, esta postagem parecerá babaca para muitos de vocês, hermética para outros tantos.
Nem por isso posso deixar de escrevê-la.

Estamos num mundo de energia. Não, isso não é mistíco. Isso é física pura. Pergunte para quem realmente entende. Não para o seu filho da oitava série que venceu a maratona de física, mas para um mestre ou doutor no negócio, de preferência que estude partículas subatômicas. E os espaços entre elas, que constitui cerca de 99,9% do que a gente chama de universo. Falo sério, pode botar no Google se quiser.

Enfim, num mundo que é feito de tanta coisa que não é matéria, desculpas e argumentações não são muito eficientes. É um mundo de ação - e reação. Não é uma situação onde ficar argumentando o que é certo ou errado - que no fundo, você sabe, sempre sabemos - ou os motivos que você teve para deixar de fazer algo por si mesmo ou para fazer algo que prejudicou alguém de alguma maneira não valem quase nada. O que vai é o que volta, por isso é interessante que você queira para você o que joga por aí. Parece moral cristã, mas é muito mais amplo do que isso.

Sua racionalidade pode até querer chamar isso de fanatismo. Mas a verdade é que isso tem pouco ou nada a ver com religião. Tem mais a ver com os anos que a gente passa na Terra, se observa bem ao redor. Muitos preferem passar seu tempo entorpecidos e não ver nada, claro.
Costumo dizer, para os íntimos, que é mais ou menos como a lei da gravidade. Não importa o nome que você dê ou se prefere não acreditar nela. Você não vai dançar de ponta-cabeça no forro do mesmo jeito.

Porque estou postando isso aqui? Porque sim, porque o blog é meu, oras.
E também porque pode ser útil para alguém.
Não que eu queira convencer alguém de alguma coisa. Se fosse isso, saía pela rua pregando. Só entra aqui quem me (re)conhece.

E olha, não adianta vir com: ih, sou todo errado, já fiz um monte de bosta, tô fudido. Realmente - e os árabes tinham um ditado excelente para isso, que agora me foge - ninguém tem poder de mudar o passado. Mas o que você vai fazer no segundo que tá vindo aí, olha, você continuou lendo e já passou, é inteiramente da sua conta.
Consciência de si mesmo nunca é perda de tempo. Porque com as consequências vamos arcar de qualquer maneira, o contrato onde está a clausula dizendo que só funciona se você acredita não existe. Eu, particularmente, não ganho nem perco nada se você acredita ou não, se testa ou não, se observa ou não.

Eu só estou velha demais para não dizer o que penso.

Excelente feriado a todos!