domingo, julho 20, 2008

Feitiço é bumerangue perseguindo a feiticeira

As coisas estão difíceis. Confusas. Porque existem seres humanos e seres humanos conseguem tornar difícil, penoso e sofrido o que poderia ser duas frases. O que poderia ser uma pequena mudança de atitude. O que poderia ser dois dedos de consideração. Enfim, humanos. Tenho perdido progressivamente a capacidade de me relacionar com eles.

Parece que a minha estabilidade subiu no telhado. Provavelmente se não fossem as amarras materiais que me prendem sempre, amanhã estaria curtindo outro fuso horário ou, pelo menos, outras temperaturas. Infelizmente, fugas são para os bem nascidos. E eu nasci com Saturno na cúspide.

Akiko está indisciplina e indolente. A maior parte do tempo não me dá a mínima. "Você tinha a ilusão que ela fosse nossa? Nós é que somos dela", diz Esposo. Não me convence. Talvez também esteja perdendo a habilidade de lidar com gatos.

Um mês sem dançar. Sem grana. Kuso.

Você tem fantasmas? Eu tenho um. E o pior é que eu procuro ser assombrada. Mas é a velha frase de Renato Russo martelando nos meus ouvidos: "aonde está você agora, além de aqui, dentro de mim?"
Tenho ouvido Lenine também, como indica o título dessa postagem. E outras coisas que gosto cantadas na minha língua.
Bom, nem só de música árabe vive a raqsa, né? (Minha amiga Samya Ju detesta essa denominação, mas ela é tããããão sintética que vou continuar usando.)