quinta-feira, junho 26, 2008

Mais do mesmo

Nossa, desculpem, acabei ficando tanto tempo sem escrever por aqui! Juro que não é descaso. Mas a vida anda mesmo corrida. Tem tantos assuntos sobre os quais quero escrever, mas quando finalmente há tempo o cansaço acaba me vencendo. Deixa eu ir em bloquinhos, para ver se consigo organizar as idéias.

Esposo está na Alemanha, semana e meia já. Volta na próxima quarta. Falta, muita falta demais.
Mas a primeira coisa que eu percebi, nessa partida dele é que meu relógio são os outros. Primeiro final de semana que fiquei sem ele perdi totalmente a noção de horário. Dormi quando devia estar fazendo coisas, fiz coisas quando devia estar dormindo. Só o trabalho me pôs de volta na linha. Meda.

Fiz aniversário. Ganhei tulipas, gérberas, flores, muitas flores. Ganhei cosméticos antiidade, coisas pra deixar o cabelo lindo e o cosmético dos sonhos (Lancôme). Reuni com amigos e tomei vinhozinho. Foi bão. Mas 36 dá aquele friozinho leve na barriga de ser o primeiro passo decisivo para o grande 40. Apenas números. Nada não.

Passei num teste de coral. Foi da instituição religiosa que eu freqüento, mas nosso regente é profissional, quero dizer, rege corais de verdade como profissão.
Ele foi ótimo e me deixou muito calma. E num determinado momento, conseguiu de mim um agudo que eu nunca imaginei que pudesse fazer! E afinadinho! Foi mágico. Descobri, como já desconfiava, que sou soprano. Agora começam os ensaios. Estou ansiosa.

Eu me segurei, segurei, mas já estou metendo meu bedelhinho no mundo bellydançante da internet. Por enquanto isso tem gerado respostas simpáticas, não sei até quando. Enfim. De todas as partes do corpo que eu tenho dificuldade em controlar na dança, a pior, com certeza, é a minha língua.

Por falar em dança, minha professora disse que meu quadril está soltando, "evoluindo". Claaaaaaaaaaro que eu fiquei feliz. É bom que o esforço de meses esteja surtindo efeito. Embora eu desconfie que muito desse elogio é para me consolar da minha total falta de habilidade em tudo que exija giro ou deslocamento...
Mas, enfim, se fiquei feliz, estou bem longe de ficar deslumbrada. Primeiro, porque sei que estou "a caminho" de soltar o quadril, é metade de um processo. Segundo é que hoje, ao contrário de antigamente, eu sei que um quadril solto e uma boa leitura musical não são tudo.
Hoje eu tenho uma noção muito mais nítida da bailarina que eu quero ser. E isso exige precisão, bom domínio espacial (que eu vou ter que lutar muuuuuito para ter), alongamento e graça. Porque eu não quero ser profissional, mas sei que preciso dominar esses elementos para Ter uma dança da qual me orgulhe, com a qual eu consiga me expressar.
O caminho é longo. Mas eu tenho a vida inteira.

Tinha mais para falar de dança. Sobre críticas inteligentes e gente que tenta incutir padrões alienígenas no negócio. Mas vou não, preguiça.

Vou parar de matar trabalho e ir pro meu ensaio do coral.
Beijos a todos.