terça-feira, abril 15, 2008

Muito trabalho e acontecimentos

Ando sumida daqui, né, meu povo? Mas ninguém acessa isso aqui com periodicidade mesmo, convenhamos.
Acontece que estou trabalhando muito. Parece brincadeira, mas não é. Achava que a bipolaridade era minha única doença, mas o que! Dou importância demais ao trabalho, me envolvo emocionalmente com ele, perco a noção do que realmente é urgência e prioridade. Estou trabalhando isso, claro. Tenho uma excelente terapeuta e o melhor psiquiatra do mundo. Tudo vai dar certo, sempre.

Léo e Lory, dois amigos queridos lá da distante e linda Salvador, se casam hoje. Apesar da distância, de nunca nos termos tocado e ouvido os respectivos sotaques, amo aqueles dois. Dessa louca maneira virtual que a gente vive, vi a amizade deles se tornar namoro, se tornar amor, se tornar um. Eu bem sei que casamento é lindo, mas é difícil, é cousa complicada. Mas nada, nada me impede de desejar o melhor de toda essa complicação para aqueles dois.

O avô de P., a grande amiga da vida real, faleceu. E os homens de branco nem sabem o porquê. Ele se foi bem no meio de um exame que talvez esclarecesse alguma coisa... A verdade é os homens de branco nunca sabem nada. Fora meu psiquiatra, mas ele não usa branco. Enfim, não importa.
É uma pessoa que vai fazer muita falta. Não só porque era um avô e a gente deve gostar dos avós. Mas porque ele era uma pessoa muito especial. Mais soube dele do que convivi, mas as poucas horas em que conversei com ele - na formatura da P. - foram suficientes para constatar o quanto ele era uma pessoa doce e carinhosa. Sei também que era muito generoso e culto - não é muito comum entre ex-oficiais da polícia civil lerem Thomas Mann e Nietzsche (Sem preconceito, eu os tenho na família, mas é a real. Não é muito comum para a média dos brasileiros, na verdade. Nem eu que sou mestranda li Nietzsche.)
Minha amiga está com uma grande ferida no peito que eu conheço bem, porque já perdi um pai.
E por isso também sei que o tempo - só ele - ajuda.

Reencontrei, nessa net louca, minha amiga Patrícia Nakamura, provinda de uma longínqua encarnação, em que eu era jornalista de redação (interessantes tempos... bons seria demais). A moça ficou jornalista e tem histórias mais divertidas para contar do que eu . Aproveitem o link aí do lado e se divirtam. Bem vinda às minhas lonjuras bloguísticas, Naka!

2 comentários:

Karine disse...

Que história é essa de "ninguém acessa isso aqui com periodicidade".
Ah não, agora fui obrigada a sair do anonimato, cara colega das quartas-feiras.
Contos de uma mente inquieta está entre os meus favoritos, já te lia antes de te ouvir!
Beijos
P.S. - hoje vou para a tua terra!

Anônimo disse...

Eu acesso.