domingo, setembro 23, 2007

O mal

Ela achou a foto dele quase no susto. Era uma imagem nova, que ela não conhecia, tirada assim, meio de lado. E o que ela viu lhe gelou a espinha e lhe causou náusea. Porque ela sempre vira lhe escorrer grossa do olhar, a sensualidade. A matreirice. Sempre tivera a expressão receptiva e sedutora. Mas o que ela via ali era hostil.
O sorriso não era aberto. E o olhar destilava o mal. Ela teve medo e a impressão de que, depois que se desvencilhara dela, ele se entregara inteiro ao pior da sua verdadeira natureza.

2 comentários:

Anônimo disse...

Minha amiga-inspiração, voltei a escrever constos. Já publiquei um. Dá uma olhada lá, tá? Bjos imensos!

Anônimo disse...

É o pontinho preto no nariz, em Barthes. Alguma coisa ínfima que destrói toda a imagem anterior.