terça-feira, novembro 03, 2009

Presente passado

Ouvindo Paralai do Pauline en la Playa numa tarde de sábado e faxina. Numa sentada para recuperar as forças, fico imaginando onde você anda. Deve estar com suas meninas, sábado de sol. Talvez terminando o livro que nunca termina, mas perto delas.

E penso em como sua alma é sensível e doce. Macia. Uma substância muito macia protegida por arestas de uma racionalidade aguda e de um sarcasmo afiado.

Arestas que eu amo, pois te tornam único. Mas nós dois sabemos que te amo mais e te amo até hoje porque um dia, temerosamente, você me deixou mergulhar nessa maciez e ser envolvida por ela. Engoli muito dessa substância doce – mas nunca enjoativa – e não me curei da embriaguez até hoje.

Era só isso. Deixa eu voltar para minha roupa suja. Mas agora com um sorrisinho maroto no rosto.

Nenhum comentário: