terça-feira, novembro 03, 2009

Mais das transformações

Eu queria ter palavras para explicar para você, para ele, para ela, para todo mundo, a transformação que está se operando nessa pessoinha aqui. A verdade é que não tenho, meu quinto chacra é justamente o que anda mais fechadinho. Ok, mas isso não muda o fato de eu ser uma tagarela geminiana e querer falar.

Mais ou menos assim: como previsto, tudo o que eu semeei contra todo tempo ruim no inverno está frutificando agora. Meu corpo fez as pazes comigo, meus pés fizeram as pazes comigo. Nunca pisei com tanta segurança e isso é e não é só uma metáfora, embora a metáfora sirva também. Meu quadril está entrando no nível II de soltura (o nível I eu tinha recuperado no fim do ano passado, com as aulas da Karina Iman, se alguém se lembra). Estou compreendendo os passos mais facilmente, apreendendo sequências mais facilmente, me deslocando com maior segurança (é, os pezinhos centrados de novo) e minha memória para coreografias e o resto melhorou sensivelmente. Meu coração está sereno e fica mais fácil concentrar em tudo, dentro e fora da dança.

Nas aulas de derbake também tá rolando um certo progresso. Ainda não tenho um terço da habilidade desejada com a mão esquerda, mas pelo menos já começo a compreender os processos de como não fazer errado.

Sei que deve parecer meio estranho para os leitores não dançantes/tocantes eu usar a dança e a música (digressão: ai que saudade das minhas aulas de canto!) para tudo. Mas é que eu acredito de verdade - di cum força - que arte está no nível mais importante de coisas que um ser humano consegue fazer – daí que viraram um bom termômetro para o  meu estado geral de ser e de me conhecer. Se a minha memória para coreografias está boa e meu quadril está fluente, fico muito mais confiante para coisas como seleções de mestrado e entrevistas de emprego, se é que me entendem.

Claro que nem tudo são rosas e minha vida está cheia de preocupações. Mas eu estou conseguindo mudar as coisas que estão ao meu alcance e isso muda radicalmente minha forma de encarar todo o resto.

As coisas estão tão diferentes comigo que estou seriamente decidida a não me envolver emocionalmente nos próximos anos. Quer dizer, as pessoas que amo vou amar sempre, é isso mesmo. Mas não quero mais me apaixonar loucamente, não quero colocar mais nenhuma outra pessoa no centro da minha vida. Quero me estabilizar, trabalhar, me trabalhar, me conhecer, me aperfeiçoar. Pela primeira vez na vida isso me dá tanto prazer quanto cuidar de alguém. E mais ou menos desde os 17, eu emendo um relacionamento no outro, uma paixão na outra, era muito raro eu passar mais de um mês sem estar pelo menos empolgada por alguém. Acho que está na hora de dar um tempo.

Eu quero me conhecer melhor. Bem melhor. Quero estar me amando muito quando for dividir meus sentimentos com alguém de novo. Não quero mais necessitar desesperadamente da presença de quem quer que seja. Nunca mais. Sou uma companhia excelente e era isso. (Tá, tem minhas patologias que ainda tornam as paixões avassaladoras mais complicadas, mas não tô numas de bancar a enciclopédia psiquiátrica hoje.)

Um comentário:

Janahina Borges disse...

Oieee, que legal que tu me achou kerida!!! nos conhecemos lá em Guaporé neh??? adorei teu comentário viu, ainda tenho muita coisa para colocar sobre o eento de Guaporé, é que to tão atrapalhada que não to conseguindo tempo sabia...mas vou atualizar e contar tudinho... adorei tambm este teu post aqui... também virei freguesa viu..ja to te seguindo...rsrsrs...Bjsss e não suma!!!